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A vida dedicada à Educação.Embora aposentada, continuo preocupada com a formação de nossas crianças e jovens. Tudo pela Educação.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

...E AGORA, COLEGA !???

EU DEFINO O FUTURO. EU SOU PROFESSOR.


E agora, colega ? Depois que passou o Dia do Professor, como está a sua vida profissional? Você, com certeza, ficou feliz com tantos elogios que recebeu... Tanto reconhecimento, tanto discurso, tanto carinho, lhe fizeram sorrir e até sonhar que algo poderia mudar ! No entanto, se você tem a experiência que eu tenho, sabe que "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". É sempre assim: dia 16 de outubro é outro dia... e tudo volta ao "normal" e você, como bom professor que é, não se deixa vencer, não perde a esperança que um dia esse discurso resulte em algo prático que lhe faça "duas" vezes feliz: no dia 15 de outubro e em todos os outros dias de sua carreira.

O fim do ano está aí e você tem que garantir o sucesso de todos os seus alunos. Não há lugar para desânimo. Não se esqueça que se houver fracasso, vai sobrar pra você. Afinal é sempre sua a responsabilidade de fazer deles os cidadãos preparados e conscientes que a sociedade toda espera !!!! Portanto, coragem !!! Esqueça que existe a família de seus pupilos que deveria fazer a parte dela e nem sempre faz; esqueça as autoridades que tão lindamente falaram na campanha sobre a importância da sua profissão e... tenha fé em Deus. Com certeza Ele, só Ele, pode fazer algo por você. Bom trabalho, colega. A festa acabou!!!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A MAGIA DO REENCONTRO

"Educar é um ato de cumplicidade, de troca, de amor. Educar é ato de vida, o caminho e o encontro da felicidade."

Durou de 1989 a 2005 o Projeto CEFAM, de formação de professores para as séries iniciais do Ensino Fundamental, em Itapeva. Em nível médio, tempo integral e bolsa de um salário mínimo para todos os alunos ! Um presente que abriu novos horizontes para nossos jovens e enfeitou a cidade, que se cobria de azul e branco nos horários de início e final de cada período. Movimentou Itapeva, trazendo alunos da zona rural e de vários municípios da região.
A maioria seguiu a carreira de educador mas, mesmo os que foram para outras áreas, têm demonstrado a boa formação que tiveram. São cidadãos. O CEFAM formou cidadãos, antes de tudo. Construiu Homens e Mulheres capazes de não apenas viver mas, principalmente, participar da vida de forma intensa, capazes de, pelo saber e pelo comprometimento exercitado,
vencer com responsabilidade os desafios da profissão que escolheram.
Foi tamanha a nossa cumplicidade, nosso amor enquanto professores e futuros professores que essa amizade foi além dos muros da escola e ultrapassou até a duração do curso.
Estávamos saudosos e ansiosos por um encontro. E ele aconteceu no sábado, dia 21 de agosto de 2010. Foi uma noite inesquecível!! Rever e abraçar "meus anjos" e meus ex-colegas, era tudo o que eu queria !
Obrigada Liliane e a todos os que trabalharam para que acontecesse a 1ª CEFAM FEST.
Foi realmente uma noite mágica !!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

ESPERANDO UM FUTURO MELHOR

"Encontrar formas para ter sucesso com alunos faltosos, pouco envolvidos, desmotivados, frutos de famílias desinteressadas, ausentes e descompromissadas, eis o grande desafio dos professores de hoje".


Filosofia é busca de sentido. Filosofia da Educação, envolve uma "reflexão sobre os problemas que a realidade educacional apresenta". Ela é histórica e, por isso, está sempre atenta aos problemas da educação que se faz aqui e agora e ao enfrentamento para superá-los.

Com certeza daqui há trinta anos os pensadores de um "novo tempo" que virá (ah! como eu gostaria de estar aqui pra ver !!! ), falarão sobre uma grande crise no contexto social brasileiro específico, que envolveu a educação do país nas primeiras décadas do século XXI. Falarão de uma escola nem eficiente, nem eficaz, fracassada, fruto de componentes políticos, éticos, morais que, mesmo sendo um fenômeno social, cultural, caiu como uma bomba nos ombros dos profissionais, de forma muitas vezes injusta, colocando em risco uma carreira outrora respeitada e valorizada. Muito valorizada .

A crise, falarão eles, foi superada pela ação conjunta de um governo comprometido e de uma sociedade consciente de seu papel. Anunciarão então um Brasil que,bem classificado em todas as avaliações internacionais, respeita e valoriza seus educadores.
VIVA O (POBRE) PROFESSOR BRASILEIRO !!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

"SE EU NÃO FOSSE IMPERADOR DESEJARIA SER PROFESSOR. NÃO CONHEÇO MISSÃO MAIOR E MAIS NOBRE QUE A DE DIRIGIR AS INTELIGÊNCIAS JOVENS E PREPARAR OS HOMENS DO FUTURO." (D. PEDRO II)



Não há nada mais humilhante, deprimente mesmo, do que um profissional precisar participar de passeatas, greves e panelaços para tentar o reconhecimento de seu patrão.

A situação da educação é tão triste neste aspecto, que já dá ao magistério uma aura de subemprego afugentando de seus quadros, professores competentes e capacitados que, desesperançados, se deslocam para outros setores onde são valorizados e recebem salários justos e compatíveis com sua formação.

Dias atrás lembrei-me da profecia que minha querida amiga Maria Eunice fez, antes de partir deste mundo, há mais de vinte anos: "Chegará o tempo em que vão procurar professor, de vela acesa", dizia ela."

Por que lembro dela? Porque vejo faixas espalhadas pela cidade dizendo: "VENHA FAZER PEDAGOGIA ..." Você já viu na TV alguma notícia de algum falsário que vendeu o gabarito da prova do vestibular de Pedagogia? Que houve fraude no vestibular de Pedagogia? Nunca ! Não seria um bom negócio !!! Quase sempre sobram vagas...

Será que nossos políticos já pensaram nas consequências de uma sociedade sem educadores ou apenas com "educadores" de 2ª ou 3ª categoria, que dão aula de R$ 6,00?

Que eles não se enganem! Sem escola, sem estudo e sem bons professores, nossas crianças não chegarão a lugar nenhum num mundo tão exigente como o que vivemos.

Ah, meu Deus, já estava me esquecendo... Há exceções... !!!#*%$#*

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ACOLHIDA

"QUANDO AS COISAS ESTÃO DESABANDO, LEMBRE-SE DE MANTER A CABEÇA EM PÉ."
(Horácio)

Em todo início de ano letivo há uma preocupação que até já faz parte da programação da Secretaria de Educação, com a chegada dos alunos - novos ou não - na escola, para que se sintam acolhidos pela direção, corpo docente e funcionários. Atividades prazerosas, talvez um mini-campeonato na quadra e até um lanche caprichado, de forma a promover a integração da meninada.
O interessante é que é pouco ou quase nada valorizada a iniciação dos educadores novos na escola, sejam eles experientes ou recém-formados, o que deveria exigir especial cuidado por parte do Coordenador Pedagógico e dos gestores de um modo geral. Cada unidade escolar tem suas especificidades e portanto, projetos em andamento que devem ter continuidade, regras já discutidas que deram certo e que se pretende levar adiante, características da comunidade que devem ser conhecidas, enfim, tudo o que de uma certa forma, vai dar mais segurança ao professor que chega. Uma acolhida carinhosa também é muito bom.
Tenho tido informações sobre tumultos que têm acontecido, tanto no âmbito municipal quanto no estadual, no processo de atribuição de aulas. Fico imaginando como será, particularmente neste ano, a recepção dos novos integrantes do corpo docente das escolas de nossa cidade, depois da disputa que enfrentaram, desde a gritaria sobre a lista de classificação até protestos de professores durante a atribuição de aulas, empunhando como bandeiras, liminares concedidas (que foram cassadas depois !).
Chegarão abatidos, estressados, cansados, desmotivados, injustiçados, com um ranço tão grande que, tenho certeza, vai refletir negativamente no planejamento de suas ações pedagógicas. A recepção vai virar decepção.
NINGUÉM MERECE!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

POR QUE AS CRIANÇAS NÃO BRINCAM MAIS DE ESCOLINHA?

"NASCI ENTRE LIVROS E ENTRE ELES QUERO MORRER." (Sartre)


De meu pai, leitor inveterado, herdamos, meus irmãos e eu, o gosto pelas letras. Embora tenha frequentado por pouco tempo a escola formal, na imagem que tenho dele há sempre um livro e um instrumento musical (lia de tudo e tocava todos!). Tinha sede de conhecimento e uma sensibilidade musical de dar inveja!
Minha mãe, ensinou-me as primeiras letras quando percebeu o meu desejo de decifrar o que estava escrito num pedaço de jornal, que embrulhava uma pedra de sabão que me pedira pra comprar no armazém vizinho. Foi ela, com um "método próprio" - e, hoje, moderno! - quem me alfabetizou.
Não tenho dúvida, portanto, quanto a importância da minha família na sustentação do valor da escola como instituição sistematizadora do conhecimento, na minha formação.
A escola só tem realmente valor pra quem a sente como força natural do conhecimento. Talvez aí esteja o segredo : Despertar o desejo de conhecer e, portanto, construir na criança a importância da escola. Penso que isso seria a princípio, papel da família mas, por força das circunstâncias, é hoje mais uma responsabilidade do professor das séries iniciais ( e por que será que eles ganham menos que os outros?!!). A eles cabe a formação das "representações que os alunos constroem sobre a escola". A partir daí a criança vai gostar ou não, respeitar ou não a escola. (e, talvez, volte a brincar de escolinha com seus amiguinhos...)
Gostaria que todos tivessem consciência disso : professores e autoridades responsáveis.

APRENDENDO NA FÉ.

"A vida ensina."
"A vida é uma escola."
"Quanto mais se vive, mais se aprende."


Tenho pensado, que estou passando por uma aprendizagem inesperada, dolorosa, indesejada, aquela para a qual não existe curso eficiente, muito menos receita pronta: aprender a viver sem um ente querido que se foi, depois de quase 50 anos de convivência.
Percebo então, o valor da FÉ numa situação como esta. Como poderia passar por tamanha dor sem a certeza do amparo e da misericórdia de um Deus que é Pai, que cuida de nós e nos conduz segurando nossa mão ?
Certa vez fazendo uma palestra para catequistas, falava da importância deles no desenvolvimento da fé, na criança. Sim, porque não se nasce com fé; a fé é APRENDIDA. Primeiro na família (ou pelo menos, deveria ser), depois complementada na catequese e, por que não dizer, na escola, pelo professor que deveria preocupar-se também com essa formação.
A minha, devo à minha mãe que, a seu modo, me ajudou nos primeiros passos e, depois bem mais tarde, aos movimentos da minha Igreja dos quais participamos, eu e meu marido, durante muitos anos. Mas, é uma aprendizagem constante!...
Está na hora de mostrar o que aprendi. É uma prova difícil ! Mais difícil que vestibular da USP, mas tenho certeza que com a ajuda de meu Pai, vou vencer!!!
Obrigada a todos os que, com seu carinho e solidadriedade, estão me ajudando também. Deus lhes pague!