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A vida dedicada à Educação.Embora aposentada, continuo preocupada com a formação de nossas crianças e jovens. Tudo pela Educação.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ACOLHIDA

"QUANDO AS COISAS ESTÃO DESABANDO, LEMBRE-SE DE MANTER A CABEÇA EM PÉ."
(Horácio)

Em todo início de ano letivo há uma preocupação que até já faz parte da programação da Secretaria de Educação, com a chegada dos alunos - novos ou não - na escola, para que se sintam acolhidos pela direção, corpo docente e funcionários. Atividades prazerosas, talvez um mini-campeonato na quadra e até um lanche caprichado, de forma a promover a integração da meninada.
O interessante é que é pouco ou quase nada valorizada a iniciação dos educadores novos na escola, sejam eles experientes ou recém-formados, o que deveria exigir especial cuidado por parte do Coordenador Pedagógico e dos gestores de um modo geral. Cada unidade escolar tem suas especificidades e portanto, projetos em andamento que devem ter continuidade, regras já discutidas que deram certo e que se pretende levar adiante, características da comunidade que devem ser conhecidas, enfim, tudo o que de uma certa forma, vai dar mais segurança ao professor que chega. Uma acolhida carinhosa também é muito bom.
Tenho tido informações sobre tumultos que têm acontecido, tanto no âmbito municipal quanto no estadual, no processo de atribuição de aulas. Fico imaginando como será, particularmente neste ano, a recepção dos novos integrantes do corpo docente das escolas de nossa cidade, depois da disputa que enfrentaram, desde a gritaria sobre a lista de classificação até protestos de professores durante a atribuição de aulas, empunhando como bandeiras, liminares concedidas (que foram cassadas depois !).
Chegarão abatidos, estressados, cansados, desmotivados, injustiçados, com um ranço tão grande que, tenho certeza, vai refletir negativamente no planejamento de suas ações pedagógicas. A recepção vai virar decepção.
NINGUÉM MERECE!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

POR QUE AS CRIANÇAS NÃO BRINCAM MAIS DE ESCOLINHA?

"NASCI ENTRE LIVROS E ENTRE ELES QUERO MORRER." (Sartre)


De meu pai, leitor inveterado, herdamos, meus irmãos e eu, o gosto pelas letras. Embora tenha frequentado por pouco tempo a escola formal, na imagem que tenho dele há sempre um livro e um instrumento musical (lia de tudo e tocava todos!). Tinha sede de conhecimento e uma sensibilidade musical de dar inveja!
Minha mãe, ensinou-me as primeiras letras quando percebeu o meu desejo de decifrar o que estava escrito num pedaço de jornal, que embrulhava uma pedra de sabão que me pedira pra comprar no armazém vizinho. Foi ela, com um "método próprio" - e, hoje, moderno! - quem me alfabetizou.
Não tenho dúvida, portanto, quanto a importância da minha família na sustentação do valor da escola como instituição sistematizadora do conhecimento, na minha formação.
A escola só tem realmente valor pra quem a sente como força natural do conhecimento. Talvez aí esteja o segredo : Despertar o desejo de conhecer e, portanto, construir na criança a importância da escola. Penso que isso seria a princípio, papel da família mas, por força das circunstâncias, é hoje mais uma responsabilidade do professor das séries iniciais ( e por que será que eles ganham menos que os outros?!!). A eles cabe a formação das "representações que os alunos constroem sobre a escola". A partir daí a criança vai gostar ou não, respeitar ou não a escola. (e, talvez, volte a brincar de escolinha com seus amiguinhos...)
Gostaria que todos tivessem consciência disso : professores e autoridades responsáveis.

APRENDENDO NA FÉ.

"A vida ensina."
"A vida é uma escola."
"Quanto mais se vive, mais se aprende."


Tenho pensado, que estou passando por uma aprendizagem inesperada, dolorosa, indesejada, aquela para a qual não existe curso eficiente, muito menos receita pronta: aprender a viver sem um ente querido que se foi, depois de quase 50 anos de convivência.
Percebo então, o valor da FÉ numa situação como esta. Como poderia passar por tamanha dor sem a certeza do amparo e da misericórdia de um Deus que é Pai, que cuida de nós e nos conduz segurando nossa mão ?
Certa vez fazendo uma palestra para catequistas, falava da importância deles no desenvolvimento da fé, na criança. Sim, porque não se nasce com fé; a fé é APRENDIDA. Primeiro na família (ou pelo menos, deveria ser), depois complementada na catequese e, por que não dizer, na escola, pelo professor que deveria preocupar-se também com essa formação.
A minha, devo à minha mãe que, a seu modo, me ajudou nos primeiros passos e, depois bem mais tarde, aos movimentos da minha Igreja dos quais participamos, eu e meu marido, durante muitos anos. Mas, é uma aprendizagem constante!...
Está na hora de mostrar o que aprendi. É uma prova difícil ! Mais difícil que vestibular da USP, mas tenho certeza que com a ajuda de meu Pai, vou vencer!!!
Obrigada a todos os que, com seu carinho e solidadriedade, estão me ajudando também. Deus lhes pague!